De acordo com o Valor Investe, em 2020, o setor movimentou R$ 100 bilhões no mercado nacional. Ainda, o e-commerce teve alta de 87% em outubro de 2020 em comparação com outubro de 2019, segundo indicador SpendingPulse, da Mastercard.
Na América Latina, nos primeiros 7 meses do ano, as vendas online aumentaram 50%. É o que diz pesquisa da PayU divulgada em setembro de 2020. Em relação ao futuro, o Oberlo aponta que há previsões de crescimento até 2023.
O Olist traz alguns insights importantes ao empreendedor que deseja preparar seu negócio para um novo cenário cheio de desafios e oportunidades. Siga com a leitura e confira as expectativas para as vendas pós-pandemia!
Mudanças no varejo pós-pandemia
Quase da noite para o dia, quem mantinha suas operações apenas em lojas físicas teve que adaptar-se a fim de chegar até o consumidor no período de isolamento social.
Diante desse cenário, o comércio eletrônico se fortaleceu muito rapidamente, aumentando em 70% a sua base de clientes em apenas 3 meses, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Em situações normais, esse percentual seria atingido em 10 anos.
Presença online
A loja virtual se mostra cada vez mais indispensável para a sobrevivência de qualquer negócio no mercado. E é importante ressaltar que há espaço para pequenos e grandes varejistas, desde que cada um busque pelo seu diferencial competitivo. Essa é uma tendência que deve se manter após o término da atual crise sanitária.
O varejo em várias frentes
As maiores lojas aceleraram os projetos de tecnologia para fortalecer suas plataformas. Embora tivessem como foco a venda de produtos para o consumidor final, rentabilizaram ao abrir seu espaço para empreendimentos menores. Para você ter ideia, os marketplaces chegaram a responder por 78% do faturamento dos e-commerces durante a pandemia, segundo a 42ª edição do Webshoppers.
Logística e marketing
Os pequenos negócios precisaram pensar mais em logística e marketing, a fim de serem vistos no mercado. Veja só: segundo levantamento do RankMyAPP, a procura por aplicativos de entrega cresceu 60% do início de janeiro até 16 de março de 2020.
Solidariedade econômica
Reparou como as pessoas passaram a valorizar ainda mais os negócios locais durante a pandemia? É o senso de comunidade lutando pela preservação das PMEs em um momento de dificuldade e necessidade de adaptação.
As marcas nacionais também começaram a ser mais procuradas, em detrimento das estrangeiras, com destaque para cuidados pessoais e com o lar.
O processo produtivo
Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), durante a pandemia, viveu-se a maior escassez em 19 anos, que afetou os mais diversos setores do varejo. Vestuário foi o que mais sentiu, havendo redução significativa, também, na disponibilidade de insumos para limpeza e perfumaria, indústria farmacêutica, informática e eletrônicos.
A falta de matéria-prima não só elevou o custo dos produtos, como aumentou tempo de distribuição. Afinal, chegou a faltar até papelão para embalar a mercadoria.
Com isso, o prazo de entrega passou a ser um diferencial ainda mais competitivo na hora da compra. No mais, os negócios que estão desenvolvendo esse know-how agora aumentam também as chances de fidelização de seus clientes.
Principais tendências
Diante desse cenário com tantas novidades, como fica a situação do varejo no pós-pandemia? É preciso analisar a situação pensando na necessidade de adaptação das lojas e de como elas podem estar preparadas para agarrar boas oportunidades. Confira algumas previsões sobre o assunto.
Alimentação saudável
O isolamento social trouxe novos hábitos de consumo. A mudança no estilo de vida fez as pessoas terem mais tempo para cozinhar em casa e se preocupar com a escolha do que colocam no prato. O estudo NutriNet Brasil, de iniciativa da USP, confirmou que o brasileiro melhorou seu padrão alimentar na pandemia.
É uma bela oportunidade aos negócios com proposta de oferecer comida saudável ao consumidor, principalmente quando os profissionais começarem a voltar em massa para os escritórios.
Multicanalidade
Mais de 50% dos entrevistados pela empresa de benefícios corporativos Ticket disseram ter comprado produtos de supermercado pela internet. O levantamento aponta que 66% deles tencionam manter o hábito mesmo no pós-pandemia.
A tendência evidencia a importância de apostar em diferentes canais de venda para impulsionar o crescimento dos negócios. E nem é preciso desenvolver tecnologia própria para isso.
A multicanalidade é acessível, inclusive, a pequenos varejistas, que podem usufruir da plataforma de grandes empreendimentos (como os marketplaces) e chegar ao consumidor de diferentes formas. Outra boa aposta são os recursos gratuitos oferecidos pelas redes sociais, que ajudam não só a aumentar as vendas, como fidelizar o cliente.
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O olhar para a casa
Segundo levantamento do IBGE realizado em junho de 2020, o mercado de móveis e eletrodomésticos no Brasil cresceu 30% em meio à pandemia, com alta de 50% nas vendas online desses itens. O isolamento social também fez as pessoas buscarem por animais de estimação e prestarem maior atenção às necessidades dos que já tinham.
Mesmo com a vacinação, a retomada das atividades fora de casa será gradual. Além do mais, para a rotina de muitas empresas, o home office veio para ficar, indicativo de que essa atenção ao lar deve permanecer. Essa é, então, uma boa oportunidade de vendas pós-pandemia para quem deseja atuar com produtos para pets ou casa!
Meios de pagamento
O pagamento sem contato se consolidou ainda mais com a pandemia. O Nubank viu a modalidade aumentar 114% em 2020, segundo a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.
Para seguir essa tendência, os varejistas podem aderir a links de pagamento e carteiras digitais, que facilitam a jornada de compra. Essa preocupação é essencial na hora de eleger as plataformas online de exposição dos produtos comercializados.
Preparação para o novo cenário
Primeiramente, você não precisa inventar a roda! Esteja atento às oportunidades oferecidas pelos peixes grandes do mercado. Eles têm a tecnologia para você desenvolver muito bem seu empreendimento. O sucesso dos marketplaces, já relatado anteriormente, é prova disso.
Além disso, não se prenda a um modelo de negócios ou a um único canal de vendas. Coloque-se no lugar do cliente e busque entender seu público-alvo e como ele teve os hábitos de consumo afetados pelo novo coronavírus. Para essa aproximação, pode ser interessante utilizar as redes sociais, que são uma rica fonte de dados.
Por fim, entenda que, no pós-pandemia, haverá muitas novas possibilidades, mas, de forma geral, o consumidor deve ser mais criterioso. Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), as reclamações nos SACs das organizações cresceram 66% em 2020. Então, também tenha atenção à qualidade da entrega e ao domínio do segmento de atuação, caso queira se manter atrativo e rentável por muito tempo.
Desafios e oportunidades
Em um momento de adversidade mundial, a tecnologia ajudou o varejo a resistir. Nesse contexto, muitas oportunidades estão surgindo, inclusive para quem está começando uma loja online. E vale ficar atento às tendências manifestadas, pois elas devem permanecer no pós-pandemia.
Para aproveitar as possibilidades, a presença digital é imprescindível, e adotar estratégias inteligentes e comprovadas agora pode ditar a sobrevivência e desempenho dos negócios no futuro.
Para aprofundar seus conhecimentos no assunto e ampliar suas chances de sucesso, confira como vender nas redes sociais e melhorar o desempenho de sua loja virtual!