O frete grátis começa a perder espaço no e-commerce brasileiro. A pesquisa Webshoppers 2015, produzida pela consultoria E-bit, indica que em dezembro de 2015 apenas 49% das vendas fechadas contaram com frete gratuito. O mesmo estudo também porém, que para 67% dos consumidores, um valor de frete elevado gera desconforto para finalizar a compra.
Nesse cenário, apresentar preços competitivos para a entrega dos produtos é um aspecto decisivo para fechar mais negócios. O ideal é sempre buscar o menor valor possível, de modo a não onerar nem o cliente e nem a loja que faz a venda.
Para ser mais preciso nesse controle, é fundamental conhecer os detalhes sobre o cálculo do valor do frete. Isso será explicado a seguir.
Defina o serviço que será utilizado
A escolha do serviço responsável pelo frete é o ponto de partida para a definição do valor que será cobrado. Existem algumas opções básicas que o lojista pode utilizar:
• Serviço do Correios;
• Frota própria de transporte;
• Contratar o serviço de uma transportadora;
• Utilizar plataformas de gestão de fretes como Axado, Intelipost e Simfrete.
Ao utilizar uma frota própria, o lojista terá que fazer toda a gestão e estimativa de custos. Essa é uma tarefa complexa e nem sempre viável, principalmente se o portfólio de clientes tiver uma grande abrangência geográfica.
No contraponto, ao utilizar transportadores ou plataformas de gestão pode haver grande discrepância de valores, o que abre margem para negociar descontos e condições mais flexíveis de pagamento. Essa é uma alternativa que também toma um tempo considerável do lojista.
Diante da complexidade desses modelos muitos lojistas acabam recorrendo aos Correios, que possuem capilaridade nacional e uma reputação consolidada. Na maioria dos casos o comerciante não precisa firmar nenhum tipo de contrato, o que aumenta a flexibilidade da operação.
Como funciona o frete pelos Correios?
Os Correios estimam o valor do frete com base em um sistema cúbico de pesagem, que não considera apenas o peso bruto da encomenda. Isso significa que um travesseiro, por exemplo, pode ter um frete mais caro do que um pacote com três livros.
Para conhecer o peso bruto basta colocar o pacote em uma balança. O cálculo do peso cúbico, contudo, segue a seguinte fórmula:
O número 6000 é o fator de cubagem, que nunca varia. Trata-se de um coeficiente definido conforme padrões internacionais, resultante de uma relação entre peso e volume do pacote.
Após realizar esse cálculo adota-se o seguinte critério: se o peso cúbico da encomenda for menor ou igual a 10 quilos, o valor do frete será baseado apenas no peso bruto, desprezando-se o cálculo acima. Caso o peso cúbico supere 10 quilos, será levado em conta o maior resultado na comparação entre os dois pesos.
Na prática
Imagine um pacote que tem as seguintes medidas: 31 cm de comprimento x 16 cm de largura x 31 cm de altura e cerca de 1 quilo de peso físico. A conta fica assim:
Conforme a fórmula acima, o peso cúbico é de aproximadamente 2,5 quilos. Portanto nesse caso vale o peso físico para estimar o valor do frete.
Agora imagine o caso de um pacote de 60 cm x 40 cm x 27 cm, cujo peso físico é de 5 quilos.
O peso cúbico fica em torno de 10,8 quilos. Como esse valor é maior do que 10 devemos comparar o peso cúbico (10,8 kg) e o peso físico (5 kg) e considerar o maior valor na estimativa.
Esse conceito não é muito simples de entender e por isso o site dos Correios oferece um plugin que permite o cálculo automático no e-commerce, bastando que sejam apontadas as dimensões do pacote.
Conclusão
Conhecer as variáveis de cálculo do frete é uma forma de garantir maior autonomia para o e-commerce, reduzindo o risco de perder clientes. Com essa informação o lojista pode vender produtos com frete mais acessível, o que favorece as vendas.
Ainda tem dúvidas sobre o cálculo do frete? Comente abaixo! E continue de olho no tema conferindo nosso Guia simplificado de gestão de estoque para e-commerce.