O conceito de neuromarketing ainda é novo no mundo, visto que essa é uma área que começou a ser estudada apenas no início dos anos 2000.
Basicamente, trata-se da ciência que analisa as reações do cérebro frente a determinados estímulos sensoriais (especialmente visuais e sonoros) e como elas impactam o comportamento dos consumidores. Isso se concentra, principalmente, no nível subconsciente.
Por meio destes estudos é possível compreender desejos, impulsos e motivações das pessoas, gerando insights que podem ser aplicados em qualquer estratégia publicitária.
Este conhecimento também pode ser aplicado ao e-commerce, como uma ferramenta para ampliar as conversões e gerar mais vendas.
Isso exige um profundo conhecimento do comportamento do público-alvo, a fim de garantir a execução das ações mais eficazes.
Mas, embora essa ciência seja complexa, é possível introduzir o neuromarketing na estratégia da empresa com algumas dicas práticas e pontuais. Este será o foco do post de hoje.
Conheça o público-alvo em profundidade
Ao planejar ações de marketing, muitos lojistas acreditam que a melhor estratégia é propagar mensagens abrangentes, que possam atingir o maior número de pessoas possível. Isso nem sempre funciona, principalmente se a loja online vende produtos de nicho.
Por essa razão, seja em uma campanha de e-mail marketing ou em um post nas redes sociais, a melhor maneira de ser bem-sucedido na divulgação é conhecer em detalhes o público-alvo e compreender quais são seus problemas, estilo de vida e situações de compra.
Esse conhecimento serve justamente para encontrar as estratégias de neuromarketing mais eficientes. Isso pode ser associado a realização de testes para verificar quais ações têm efeito melhor sobre determinada audiência.
Aposte no poder de boas imagens
Os estímulos visuais são o principal recurso de neuromarketing que pode ser utilizado pelos e-commerces. Eles podem ser aplicados de diferentes maneiras para conquistar mais clientes.
Uma boa estratégia é utilizar fotografias capazes de chamar a atenção e despertar sentimentos nos usuários. Também vale a pena incluir na página de anúncio do item algumas fotos do produto sendo usado por uma pessoa. Neste caso é melhor utilizar modelos, para criar sensação de familiaridade e proximidade.
Para isso, vale fazer uso de uma boa câmera e um bom tratamento de imagem, pois eles ajudam a realçar as tonalidades, brilho e contraste.
Outra dica é selecionar criteriosamente as cores, pois elas são estímulos poderosos para o cérebro. Isso vale tanto para o layout do site quando para as páginas de anúncios. Estudos sobre a psicologia das cores fornecem insights valiosos sobre isso.
Entretanto, é importante lembrar que a customização de fotos e layouts deve ser utilizada com cuidado nos marketplaces, já que nestes canais nem todo tipo de composição é permitida.
Utilize símbolos e frases com cautela
Ao utilizar símbolos que remetem ao dinheiro, como o cifrão, o cérebro faz associações a gastos e despesas e, inconscientemente, desperta dúvidas sobre a compra de um produto.
O cifrão pode ser necessário na indicação da moeda da transação (lembre-se que um e-commerce pode atrair clientes de todo o mundo), mas ele pode ser apresentado de modo pequeno e discreto.
O mesmo vale para slogans e frases apresentadas ao público. É preciso avaliar com cuidado quais serão as possíveis interpretações ao texto que está presente no site, para que isso não prejudique a conversão em vendas.
Priorize detalhes e ofereça personalização
Pessoas gostam de se sentir especiais. Por isso, investir um pouco mais em detalhes é uma estratégia que pode fazer a diferença. Uma iniciativa simples é deixar de lado a caixa de papelão dos Correios e apostar em uma embalagem personalizada.
Outra opção é oferecer brindes ou amostras grátis. Além disso, o pacote pode vir com algo que, além de proteger o produto, seja capaz de agregar valor à marca: um papel de seda com a logo da loja, por exemplo.
Isso despertará no consumidor o sentimento de valorização , favorecendo a reputação e a fidelização à marca ou à loja.
Desperte o senso de exclusividade
Ao destacar a exclusividade do produto – afirmando que restam poucas unidades ou que a edição é limitada – é possível aguçar o instinto de ação emergencial, reduzindo o tempo de tomada de decisão do consumidor.
Para isso, vale a pena investir em promoções relâmpago, com divulgação maciça nas redes sociais e email, por exemplo. Outra estratégia é oferecer descontos para grupos exclusivos de clientes, como uma tática extra para a fidelização.
Conclusão
Quando o processo de venda também se preocupa em desafiar e instigar os sentidos dos clientes, as chances de conversão são maiores. Além disso, se a experiência com o produto adquirido for satisfatória, a possibilidade de fidelização também aumenta consideravelmente.
Com ações simples de neuromarketing é possível profissionalizar ainda mais a experiência nas vendas online, tornando o negócio mais competitivo.
Ainda resta alguma dúvida sobre o que é neuromarketing e como ele pode ajudar o e-commerce? Compartilhe nos comentários!